Um pouco de nossa História



Relatório sobre a origem e fundação da igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus.

Em 1916, chegava no Engelho Tapera, uma família vinda de Muribeca, Jaboatão dos Guararapes, uma vez que, o engelho pertencia àquela cidade. A vinda desta Família se deve ao fato da necessidade de uma professora e um funiocinário dos correios, haja vista a quantidade de engelho circunvizinho e falta de informações para localidade. Então veio para cá o senhor Manoel de Souza Bandeira, comerciante, com sua esposa Maria da Anunciação Bandeira, Professora Estadual e Funcionária Pública Federal (correios). Trouxeram consigo duas filhas: Maria do Ceú Bandeira e Maria das Graças Bandeira, uma com cinco e a outra com um ano de idade, respectivamente.
De início moraram no arruado e ao lado de sua residência havia um galpão onde funcionava a escola e a igreja, onde todas as celebrações eram feitas desde batizados até casamentos. Com eles trouxeram um oratório com uma pequena imagem de Santa Teresinha do Menino Jesus.
Mas Dona Maria da Anunciação tinha um desejo de construir uma capela para Santa Teresinha. foi quando ela procurou o Senhor Aluízio Cardoso de Moura e sua Esposa, Senhora Dolores Moura que fizeram a doação de uma terreno a igreja de Nossa Senhora da Conceição em Moreno, haja vista que a vila Nathan, já havia se emancipado e passara a ser cidade de Morenos.
Nesse ínterim, a Srª Maria da Anunciação veio a falecer. E sua filha mais velha Maria do Céu assumiu as atividades dos correios e da igreja.  
Em 1947 o Padre Edmund Kleipool fez a benção do terreno, que na época era uma barreira muito alta, onde a primeira igreja foi edificada. Após a edificação da igreja, alguns senhores de engenhos juntaram-se e compraram uma imagem maior de Santa Teresinha, por achar a primeira muito pequena, que foi doada a igreja. O hino de Santa Teresinha composto por um monge beneditino do Colégio de São Bento, Dom Agustinho, onde hoje existe a barragem de tapacura que abastece a região metropolitana do grande Recife.
Com o falecimento do padre Edmund Kleipool, pároco da igreja de Moreno, assumiu em seu lugar o Padre Antônio Rufino de Melo e Silva (Padre Luiz), iniciando uma nova fase da história daquela comunidade. Com a vinda da família Srtª Maria Eliza Sá Barreto, em 1958, ela e Maria do Ceú tornaram-se amigas e juntas trabalharam na igreja, fundaram os movimentos: Apostolado da Oração, Filhas de Maria, Cruzada Eucarística dentre outras.
Nessa época a igreja recebeu a doação de uma imagem ainda maior que a anterior, do então prefeito de Moreno, o senhor Ney Maranhão, imagem essa que permanece na igreja até a data atual.
Nos anos 70 a capela foi derrubada para que a grande quantidade de barro existente servisse de aterro para uma lagoa que existia ao lado onda hoje funciona o posto de combustível total.
No espaço de 10 anos o povo de Tapera ficou sem sua igreja, pois um acordo feito entre o Padre Luiz e o dono do posto não fora cumprido, deixando assim, a comunidade muito triste, pois perdera um bem de inestimável valor.
As missas, terços e todos os atos religiosos passaram a ser celebrados em garagens, domicílio e escolas. Nessa época o povo de Deus e os devotos de Santa Teresinha sofreram bastante, pois o terreno já pronto para a construção servia de espaço para cavalhadas, feiras livres, circos, festas de reis, dentre outros.
O casal José e Laura Bernardo ficou responsável pelas toalhas, castiçais e velas usadas nas celebrações. Onde tivesse celebrações lá eles estavam presentes.
Neste espaço de tempo, um morador muito antigo de Tapera, o Sargento João da farmácia em conversa com o paroquiano Juarez Pedro disse que seria muito bom que a prefeitura de moreno desapropriasse o terreno para que funcionasse ali a feira livre de Tapera. Após essa conversa Juarez ficou deveras preocupado, pois o povo de Deus já estava sofrendo bastante pela perda da igreja. Foi quando alguns paroquianos se reuniram e foram falar com o Padre Luiz, colocando que aquela situação não podia mais continuar.
Alguma coisa tinha que ser feito, pois já tinham perdido a igreja e iriam perde também o terreno, caso não fosse tomada uma atitude. Foi quando o Padre iniciou uma campanha que como  ponto de partida a casa paroquiana Nanci Vieira. A campanha foi feita com os granjeiros dos circunvizinhos e todos os povos de Tapera. Inclusive na época, a BR 232 passava por uma grande reforma, o que nos ajudou bastante, pois se formou uma comissão, e com a anuência da Polícia Federal fizemos pedágio e angariamos fundos para a construção da nova capela. A campanha também foi feita nos estádios do Recife, com ajuda do radialista Jorge Soares, durante os clássicos do futebol pernambucano. Promoveram bingos, quermesses, feirinhas típicas, rifas, sorteios, dentre outros. Em 1981, a construção da nova capela foi iniciada, embora as campanhas continuassem, pois o que havia sido conseguido ainda não era o suficiente. Os paroquianos continuavam trabalhando sem parar, até que conseguiram o que mais queriam: ver a igreja edificada.
Não podíamos deixar de mencionar as grades doação recebidas como: toda estrutura de ferro, foi doada pelo Sr Antônio Olinto, dono do cotonifício moreno; o cimento, D. Naice da Paz Portela, dona do Engenho Pinto; os basculantes, Sr. Geraldo Melo, na época Prefeito da cidade de Jaboatão; os brancos, Sr. Gilberto Portela do Engenho Pinto; o altar e as cadeiras estofadas, Srª Nanci Vieira; Os vasos sagrados, D. Maria do Céu Bandeira; O crucifixo, o Sr. Otávio, do Banco do povo de vitória de Santo Antão; O Sr. Nelson Moura fazia uma doação semanal em dinheiro para ajuda  a pagar a mão-de-obra; O Sr. Ricardo Eirado também foi um grande doador e voluntário desta obra. Em 1982, a Igreja foi Inaugurada. Naquela ocasião, a procissão, com a imagem de Santa Teresinha saiu da residência do casal Teresa e Ricardo Eirado. Foi belíssima, pois os paroquianos estavam felizes, pois finalmente conseguiram ter sua igreja edificada novamente.
Hoje , a igreja recebe um projeto para se tornar um Santuário, e mais uma vez os paroquianos abraçam essa causa, pois a Santa Missionária ensinou a esse povo Deus, através do seu grande amor que por Jesus devemos e podemos fazer tudo.
A antiga Tapera transformou-se numa linda Bonança, entrecortada pela BR 232, localizada na rota do forró e das  Paixões, além de receber os romeiros que por aqui passaram prestar homenagens ao Padre Cícero, no Ceará. Apesar do grande número de protestantes existentes, há também um grande número de pessoas sem religião.
Porém vale salientar, que a igreja de Jesus Cristo tem crescido muito nesses últimos tempos. E a fé dos fiéis devotos da menina do Carmelo só tem aumentado o exemplo de Santa Teresinha só tem fortalecido esse povo, que depois de sofrer tanto por sua igreja merece a construção desse santuário.
A luta desse povo não foi em vão, e Santa Teresinha esta sempre derramando chuvas de rosas pelos caminhos dos bonancenses. Como diz a sagrada escritura "Não cai uma folha sem a permissão divina" e com toda certeza é com permissão do Senhor nosso Deus que vamos edificar o Santuário de Santa Teresinha, a padroeira de Bonança e das Missões.
Um fato interessante é que da arquidiocese de Olinda e Recife e a única paróquia onde ela é padroeira. Mais uma benção, pois a comunidade é igual a sua padroeira simples e humilde, mas de uma fé inabalável e uma força incalculável para edificar o Reino de Deus e evangelizar o seu povo.
Nos anos 80, em passagem em Bonança, a caminho da propriedade dos Beneditinos, no Engelho Oiteiro de Pedro, o padre Dom Fernando Saburido foi convidado para assistência religiosa e essa comunidade, em virtude da doença do pároco Padre Luiz Rufino.
O convite foi aceito por ele, depois de pedir permissão a Dom Basílio Penido, abade da ordem dos beneditinos, a qual ele fazia parte.
Ele foi o primeiro Padre a realizar as comemorações da semana santa em nossa Capela. Realizou ainda casamentos, batizados, crisma. Fundou o conselho paroquial, o grupo jovem, etc. Realizou também uma assembléia comunitária onda tratava assuntos diversos das comunidades e principalmente a arrecadação de fundos para a construção de um templo na nossa comunidade.